Venda da Oi Móvel, leilão do 5G e mais: 5 fatos que marcaram telecom em 2021A internet 5G pode interferir em aviões?
Fábio Faria é acusado de entregar 5G para a China
Fábio Faria comunicou em seu Twitter que estava abrindo uma queixa-crime na Justiça contra o ex-colega ministro. No post, ele escreveu que “enquanto uns trabalham para o Brasil, outros só atrapalham”. A ação foi protocolada na 7ª Vara Criminal do TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios). “A partir de agora, mentiras e teorias exdrúxulas (sic), fruto de criações mentais, serão tratadas na justiça”, continuou o post. O ministro das Comunicações coordenou esforços do governo Bolsonaro para realizar o leilão do 5G, que teve grandes operadoras do país, como Claro, TIM e Vivo entre as principais arrematadoras de frequências da nova rede. Mas, para Ernesto Araújo, Fábio Faria foi responsável por entregar o 5G nas mãos dos chineses — ele não apresentou provas que sustentem sua teoria. Ernesto também disse que o atual ministro das Comunicações faz parte de um movimento do Centrão, que reúne partidos como PP, PSD (sigla pela qual Faria é deputado federal) e PR, de surrupiar as rédeas do governo Bolsonaro dos conservadores. O ex-chanceler comentou: Araújo comentou que, a partir do momento em que o Centrão começou a entrar no governo, ele foi perdendo espaço para ditar como seria a política externa do Brasil, que era “transformadora” em seu ponto de vista.
Ex-chanceler insinuou que Faria agiu em nome da China
A queixa-crime aberta por Fábio Faria foi protocolada pelos advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Veloso. Segundo eles, Ernesto Araújo insinuou que o atual ministro prevaricou ao exercer sua função à frente do Ministério da Comunicação, porque colocou os interesses de outro país em primeiro lugar. Além disso, o ex-chanceler teria acusado o PP de ser “financiado diretamente pela República da China e, portanto, no seu entender, as ações do Ministério das Comunicações do Brasil estariam pautadas, na realidade, pelos interesses dos chineses”. O governo Bolsonaro cogitou deixar a Huawei de fora do leilão do 5G, além de banir quaisquer equipamentos da empresa no Brasil. A medida seria um aceno à política norte-americana; nos EUA, a Huawei foi banida pelo governo do ex-presidente Donald Trump por razões de segurança dos cidadãos do país. No final das contas, ao criar o edital do leilão do 5G, o Ministério das Comunicações e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) não impediram a participação da empresa chinesa. A Huawei é a principal fornecedora de equipamentos para as operadoras brasileiras, representando entre 40% a 50% desse mercado. Segundo a Vivo, 65% dos cabos de sua rede 4G vêm da chinesa — apenas 35% são da sueca Ericsson. Com informações: Yahoo Notícias