Os detalhes foram dados por Rob Wyatt, ninguém menos que um dos principais responsáveis pela arquitetura do Xbox original. Ele assumiu a função de arquiteto de sistemas do Atari VCS no mês passado. A Atari considera o projeto muito mais do que um console. Wyatt explica que o objetivo é permitir que o usuário utilize o equipamento para diversos fins, não só para rodar jogos ou aplicativos de mídia, como Netflix e Spotify. Para tanto, o Atari VCS vai ter amplo suporte ao Linux. Começa pelo sistema operacional do próprio console: como prometido, o AtariOS será mesmo baseado no Linux. Em breve, bibliotecas e uma documentação serão liberadas para facilitar a adaptação ou a otimização de softwares para a plataforma. A ideia é fazer os esforços para esse processo serem mínimos. Também será possível rodar distribuições Linux de terceiros no Atari VCS. O equipamento não terá um gerenciador de boot convencional, mas Wyatt afirma que documentação e exemplos de códigos de inicialização serão disponibilizados para permitir que qualquer distribuição atual seja carregada.
Como o Atari VCS tem uma proposta muito ampla, a Atari sofreu certa pressão para melhorar o hardware do dispositivo. Deu certo: Wyatt também explica que o projeto terá 8 GB de RAM em vez dos 4 GB anunciados anteriormente. O processador também foi confirmado: vai ser uma APU AMD de microarquitetura Bristol Ridge e gráficos Radeon R7. Havia expectativa de que o processador fosse um AMD Ryzen, mas os custos do projeto seriam mais altos, inclusive pela necessidade de uma solução de dissipação térmica mais avançada, de acordo com Wyatt. Se não houver atrasos, as primeiras unidades do Atari VCS serão enviadas em julho de 2019 para os apoiadores do projeto no Indiegogo. Por lá, o pacote mais básico com o dispositivo sai por US$ 239 mais despesas de envio.