Como são feitas as vacinas?Como emitir o comprovante de vacinação de COVID-19 sem o ConecteSUS
A ideia vem do hub de startups Epicenter, de Estocolmo, na Suécia. Ela apareceu em uma reportagem em vídeo do jornal South China Morning Post, de Hong Kong. Um pequeno chip, um pouco maior que um grão de arroz, foi implantado debaixo da pele do antebraço de um dos diretores da empresa. Usando um celular com NFC, dá para ler o que está nele. A Epicenter já vem trabalhando em tecnologias do tipo há anos. No vídeo, ela mostra que seus implantes sob a pele já são capazes de abrir portas automáticas protegidas por senha, por exemplo. A novidade agora é usar essa experiência para o comprovante de vacinação.
Teorias da conspiração envolvem chip em vacina e 5G
Obviamente, falar em “chip” e “vacina” ao mesmo tempo deixou muita gente alarmada. Afinal de contas, muitas teorias da conspiração dizem que o imunizante contém microchips e nanorrobôs para monitorar as pessoas, ou que a substância era magnetizada e por isso causava reações. Tem quem fale até de vacina com Bluetooth. Mesmo antes de a vacinação começar, ideias mais paranoicas apontavam para uma relação entre o coronavírus e as redes de 5G — em alguns países, torres de telecomunicações foram incendiadas. Nos comentários do vídeo do SCMP, as reações são predominantemente negativas. “Esta é a pior coisa que eu vi surgir na pandemia de COVID até o momento. Um dia triste para a humanidade”, diz um usuário. “COVID não tem nada a ver com saúde e sim com controle”, opina outro. “Passo a passo, cumprindo as exigências de 50 doses de reforço e repetindo o lema de ‘confiar na ciência’… era isso que eles queriam”, afirma um terceiro, sem explicar quem seriam “eles” e talvez se esquecendo que vacinas como a da gripe também são repetidas várias vezes durante a vida.
Menos, bem menos
Por mais futurista ou distópico que pareça o tal chip sob a pele, a verdade é que o sistema não parece ser grande coisa, não. Pelo que dá para ver na reportagem do South China Morning Post, aparentemente, o chip NFC funciona apenas como um link para um PDF do passaporte da vacina emitido anteriormente e hospedado no Google Drive. Ou seja, ele não serve para entrar automaticamente em nenhum lugar. No máximo, o que você consegue fazer é ajudar um funcionário a acessar o documento com o smartphone dele, ou ter um atalho para abrir o comprovante no seu próprio aparelho. Dava para deixar um ícone na tela inicial do celular que o resultado seria praticamente o mesmo. Ou imprimir o documento no bom, velho e analógico papel. De qualquer forma, ainda parece melhor do que depender do app do sistema de saúde do seu país para acessar o comprovante — já que, como estamos vendo, ele pode ficar fora do ar por dez dias (e contando). Com informações: South China Morning Post