Conheça a história da tragédia do Challenger, que virou série da NetflixTragédias espaciais: os 10 maiores acidentes de todos os tempos
Durante o mergulho, eles notaram um grande objeto artificial parcialmente coberto por areia no fundo do mar. Devido à proximidade com o “litoral espacial” da Flórida e a construção moderna do objeto, com tijolos de proteção térmica de 20 cm², eles decidiram entrar em contato com um especialista. Depois, eles realizaram um segundo mergulho e levaram as evidências a Bruce Melnick, ex-astronauta da NASA.
Confira as filmagens do fragmento encontrado:
Ele suspeitou que o objeto seria parte do ônibus espacial destruído, e a equipe decidiu entrar em contato com a agência espacial. Em agosto, veio a confirmação. “Reconhecemos a necessidade de trazer esta descoberta para a atenção imediata da NASA”, disse Barnette. “O lugar, que fica fora do Triângulo das Bermudas, marca a perda de sete bravos astronautas — colegas exploradores”, disse.
Esta é a primeira grande descoberta dos destroços da missão STS-51L em mais de duas décadas. Mike Cianelli, gerente do Programa de Lições Aprendidas com a Apollo, Challenger e Columbia, afirmou que eles analisaram as filmagens e viram um fragmento com área de aproximadamente 4,5 m. “Percebemos que o item vai mais fundo na areia, então é difícil determinar seu tamanho real”, explicou. “Mas estou confiante de que esse é um dos maiores pedaços já encontrados da Challenger”.
A tragédia do ônibus espacial Challenger
Em 1983, a NASA lançou o ônibus espacial Challenger naquele que seria seu décimo voo. A missão STS-51L contou com sete tripulantes, mas após 73 segundos de voo, o ônibus espacial explodiu, matando todos os astronautas a bordo. Na época, a Marinha e Guarda Costeira dos Estados Unidos realizaram as maiores operações de resgate e busca já conduzidas. Sete meses após o desastre, foram encontrados 167 destroços do ônibus espacial. Os detritos representavam 47% do orbitador Challenger, 33% dos tanques externos, 50% dos propulsores sólidos e até 95% das cargas úteis primárias levadas a bordo. Após análises das causas do acidente, os destroços foram levados a silos na Estação da Força Aérea, em Cabo Canaveral. Foi somente em 2015 que a NASA levou uma grande parte da fuselagem do ônibus espacial para o memorial Forever Remembered, uma exposição permanente em homenagem aos astronautas perdidos nos voos dos ônibus espaciais, no Kennedy Space Center. No momento, a NASA está avaliando os próximos passos do artefato, para honrar apropriadamente o legado da tripulação. Fonte: NASA, History Channel