De acordo com o Motherboard, a revisão de um processo por parte de um tribunal nos Estados Unidos acabou tornando acessível parte dos documentos. Neles, há indícios de que a Apple sabia do problema antes mesmo do lançamento dos aparelhos.
A juíza Lucy Koh, responsável pela análise, aponta um trecho que mostra que os testes da própria Apple indicaram que o iPhone 6 era 3,3 vezes mais suscetível a entortar do que o modelo anterior, o iPhone 5s. O iPhone 6 Plus, por sua vez, tinha 7,2 vezes mais chances de dobrar. Apesar da grande repercussão, o assunto logo caiu no esquecimento. Porém, quase dois anos depois, usuários começaram a se queixar de unidades cuja tela deixava de reconhecer toques corretamente. O problema foi associado à fragilidade estrutural dos iPhones 6 e 6 Plus. Desde então, a Apple encara um processo coletivo nos Estados Unidos e, por conta dele, teve que entregar documentos referentes a testes ao tribunal. O processo ainda está em andamento, razão pela qual não se sabe se a companhia irá sofrer algum tipo de punição ou se terá que indenizar clientes. Mas as chances de alguma consequência não são pequenas: os documentos também apontam que a Apple resolveu o problema em unidades fabricadas após a polêmica aplicando reforços nas estruturas e, mesmo assim, continuou não reconhecendo publicamente o bendgate como uma falha de projeto.