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Segundo seus criadores, essa tecnologia inovadora possibilita a produção de vários materiais de construção pré-moldados que são muito mais fortes, consideravelmente mais baratos e mais sustentáveis do que as alternativas atuais feitas à base de cimento. “Para cada tonelada de concreto produzida pelo processo CarbiCrete, 150 kg de dióxido de carbono são removidos da natureza. Dessa forma, essas unidades de alvenaria são projetadas pensando exclusivamente na sustentabilidade”, explicou o diretor de marketing Yuri Mytko ao site Interesting Engineering.
Blocos livres de carbono
O processo de produção do novo composto é identico à fabricação do concreto comum — feito à base de cimento —, mas com duas diferenças importantes. Uma delas é justamente a substituição do cimento por restos de aço moído, que atuam como aglutinantes na mistura. Além disso, esse concreto sustentável é curado com dióxido de carbono em vez de calor e vapor em uma câmara de absorção selada. Durante esse processo de carbonatação, o CO2 é capturado e convertido em carbonatos de cálcio estáveis, preenchendo os vazios da matriz para formar uma estrutura densa e resistente. “Nosso sistema pode ser integrado a qualquer planta de produção convencional de concreto já existente. Nós pretendemos licenciar essa tecnologia de concreto feito com carbono negativo para fabricantes em todo o mundo em breve”, acrescenta Mytko.
Produção em escala
Graças a uma parceria com a fabricante canadense de concreto Pátio Drummond, a CarbiCrete deve aumentar sua produção para 25 mil unidades por dia. Segundo os responsáveis pelo projeto, esse é o primeiro concreto livre de carbono disponível comercialmente no mundo. Outra vantagem desse produto sustentável é o seu preço. A utilização da escória de aço — normalmente considerada um resíduo na produção desse metal — no lugar do cimento, torna o material muito mais barato e acessível para projetos de construção civil em escala industrial. “Nosso projeto piloto será aplicado em instalações de casas pré-moldadas na cidade de Drummondville, em Quebec. Posteriormente, devemos disponibilizar essa tecnologia para ser usada em outras localidades do Canadá e também ao redor do planeta”, encerra Yuri Mytko. Fonte: Interesting Engineering