A tecnologia se chama Microwave-assisted Magnetic Recording (MAMR), ou Gravação Magnética Auxiliada por Micro-ondas, em tradução livre. Nela, os discos magnéticos que giram a altas velocidades continuam existindo; o que muda é a cabeça de gravação, que ganha um oscilador de torque de spin capaz de gerar micro-ondas.
Funciona assim: a cabeça de gravação do HD gera micro-ondas com frequências entre 20 e 40 GHz; essas micro-ondas diminuem a resistência dos discos, o que torna possível gravar bits por meio de campos magnéticos com mais facilidade. Resultado: com uma alteração relativamente simples no HD, é possível ter uma densidade maior de informações ocupando o mesmo espaço físico. O MAMR compete com o HAMR (que eu traduziria como “Gravação Magnética Auxiliada por Calor”), uma tecnologia que está sendo utilizada pela rival Seagate para criar HDs de alta densidade. A Western Digital, obviamente, defende sua solução: o MAMR seria mais rápido de produzir, teria uma durabilidade maior, seria mais barato e exigiria menos adaptações por parte da indústria.
O grande problema do HAMR é que a aplicação de calor no disco pode diminuir a confiabilidade do HD, segundo a Western Digital. Como ele desgasta o disco a cada gravação, seria preciso criar um software que gerencie as regiões que serão utilizadas para guardar os arquivos, de modo que a vida útil não seja tão baixa (como é feito nos SSDs). O MAMR, por sua vez, não emite calor e tende a durar mais. Se tudo der certo, os primeiros HDs da Western Digital com MAMR devem ser lançados por volta de 2019 ou 2020. Os discos rígidos de 40 TB (ou mais) podem chegar aos datacenters e ambientes corporativos daqui a oito anos. Veremos. Com informações: AnandTech, ExtremeTech.