Como preservar a biodiversidade?Ação humana já degradou 42% da biodiversidade da Mata Atlântica, diz estudo
A previsão assustadora foi possível graças a uma modelagem inédita na forma de mostrar o efeito cascata que pode ser desencadeado a partir de uma extinção: outras espécies ao longo da teia alimentar podem ter sua continuidade ameaçada como consequência. Mais de 15.000 teias alimentares foram incluídas na pesquisa para investigar estas relações. O fenômeno é chamado de co-extinção: uma espécie sendo extinta em decorrência do desaparecimento de outra, da qual ela dependia. Os cientistas responsáveis pelo estudo já vinham modelando extinções no futuro da Terra, mas foi a primeira vez que entraram a fundo nesta problemática.
O que são as co-extinções?
“Pense em um predador que perde sua presa para as mudanças climáticas,” exemplifica o professor Corey Bradshaw. “A perda da presa é uma ‘extinção primária’, ligada diretamente a uma perturbação no sistema. Mas, sem o que comer, o predador também será extinto.” “Toda espécie depende de outra em algum sentido,” conclui o especialista. Diversos estudos já fizeram excelentes análises relacionadas às perdas de espécies devido às mudanças climáticas e perdas de habitat. Mas, até agora, não havia sido possível incorporar nos estudos as conexões entre as diferentes plantas e animais.
De quem será a culpa pelas extinções?
O evento, que marcaria a sexta extinção em massa no planeta, tem dois culpados bem claros para os cientistas: mudanças no uso do solo e as mudanças climáticas. Quanto ao uso do solo, a questão mais evidente está na perda de habitats naturais em detrimento a usos humanos. Nisso, inclui-se o desmatamento com fins de se converter a área em plantações e pastagens, por exemplo. As mudanças climáticas, por sua vez, podem tornar características do ambiente impróprias para a sobrevivência de certas espécies. O aumento de temperatura no oceano é um exemplo que pode causar a extinção de várias espécies marinhas. Fonte: Science Advances Via: Phys.org