Telegram fez “marketing enganoso” por uma década, diz fundador do SignalComo denunciar fake news no Twitter

A influência de missionários religiosos por meio de notícias falsas foi levantada em um ofício encaminhado ao MPF pela Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas (FPMDD) da Câmara dos Deputados, representada pela deputada federal Joênia Wapichana (Rede). O documento foi enviado à Procuradora da República, Eliana Peres Torelly de Carvalho, em março de 2021. A FPMDD aponta que as fake news estariam sendo espalhadas por pastores evangélicos. Dentre os boatos, estão o de que a vacina “transformaria a pessoa em um animal, em um homossexual” ou ainda implantaria um chip com o ‘número da besta”.

Fake news sobre vacinas chegam em áudio e vídeo

A campanha de desinformação é feita principalmente pelo WhatsApp, segundo resposta da Funai ao Ministério Público Federal. A Coordenação Regional de Ji-Paraná (RO) da fundação determinou que os boatos sobre a vacina chegaram nas aldeias antes das vacinas. Isso se deve pela velocidade das fake news por meio do aplicativo de mensagens mais popular do Brasil — presente em 99% dos smartphones no país. Wapichana nota que as fake news chegavam aos celulares dos indígenas em formato de áudio ou vídeo, conteúdos mais difíceis de serem checados do que imagens estáticas ou textos escritos. O MPF nota que, no entanto, a Funai não esclareceu a origem das fake news que circularam a nível local e também qual foi a parcela dos indígenas que deixou de se vacinar por desconfiança em relação à vacina contra a COVID-19.

Promotora do MPF promove arquivamento do caso

Ao avaliar o caso, a Procuradora da República Tatiana de Noronha Versiani Ribeiro declarou: Entretanto, por avaliar que o DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena), do Ministério da Saúde, empregou medidas para conscientizar comunidades indígenas com maior índice de recusa à imunização, a promotora do MPF decidiu que não há motivos para a abertura de uma investigação para apurar as fake news. Por fim, Ribeiro promoveu o arquivamento do processo, e o encaminhou para a 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, responsável por casos da População Indígena e Comunidades Tradicionais.

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