Funcionários do Google se demitem em protesto contra projeto militarMilhares de funcionários pedem que Google abandone “negócio de guerra”

A concorrência seria feita para o Joint Enterprise Defense Infraestructure (JEDI), um projeto que consiste em combater os Sith, digo, modernizar a infraestrutura de computação do Pentágono e adequá-la a um mundo com internet das coisas, inteligência artificial e big data. O contrato define um fornecedor único e é considerado “enorme”, mesmo para os padrões do governo americano. O Google não disse quais exigências conflitam com os princípios éticos da empresa, mas publicou em junho uma série de diretrizes que seguiria na inteligência artificial. Uma delas estabelece que não é permitido desenvolver “armas ou outras tecnologias cuja principal finalidade ou implementação é causar ou diretamente facilitar ferimento às pessoas”, nem “tecnologias que coletam ou usam informações para vigilância”. Aqui, vale lembrar que o Google sofre críticas de funcionários e de senadores dos Estados Unidos por supostamente estar desenvolvendo um motor de busca para o mercado chinês que atenderia às exigências de censura do governo local, como nota o TechCrunch. A companhia havia descontinuado seu buscador na China em 2010 devido às tentativas do governo de limitar a liberdade de expressão na internet.

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A empresa também fez críticas à decisão do governo de escolher uma única empresa para todo o projeto: “Se o contrato do JEDI estivesse aberto a vários fornecedores, teríamos enviado uma solução atraente para partes dele. O Google Cloud acredita que uma abordagem com várias nuvens é do interesse das agências governamentais, porque permite que elas escolham a nuvem certa para a carga de trabalho certa”.

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