Há alguns dias, as autoridades concluíram que o Google abusou da liderança do Android no mercado de sistemas operacionais para forçar fabricantes a incluírem serviços como a busca e o Chrome em seus celulares. O resultado do processo foi uma multa de pouco mais de US$ 5 bilhões.
A empresa questiona a condenação e promete pedir uma revisão dos valores, o que poderá manter o processo aberto por mais tempo. Caso a multa ainda não seja considerada, o lucro entre abril e junho foi de US$ 8,2 bilhões. Esse valor foi obtido a partir de uma receita total de US$ 32,6 bilhões. No mesmo período de 2017, a receita foi de US$ 26 bilhões. À época, a empresa lidava com outra multa da União Europeia, de US$ 2,7 bilhões. Quando a condenação não entrava na conta, o lucro era de US$ 6,2 bilhões. Com ela, ficava em US$ 3,5 bilhões. Ou seja: em 2018, o Google teve uma receita semelhante à do ano passado mesmo com quase o dobro do valor em multa. A área de anúncios da empresa foi a principal responsável pelos números recentes. Ela passou de US$ 22,6 bilhões, no segundo trimestre de 2017, para pouco mais de R$ 28 bilhões, no mesmo período de 2018. Ao mesmo tempo, receitas com a Play Store e com produtos como Pixel, Google Home e Chromecasts saltaram de R$ 3,2 bilhões para R$ 4,4 bilhões. Até mesmo os investimentos em áreas experimentais tiveram crescimento. As receitas de serviços como Google Fiber e Waymo passaram de US$ 97 milhões para US$ 145 milhões. O crescimento das receitas – e não a multa com que a empresa terá de lidar – parece ter animado os investidores. As ações de classe A do Google fecharam a segunda-feira cotadas a US$ 1.211 e abriram a terça-feira em US$ 1.270. Com informações: Alphabet, Android Authority.