Cannabis na gravidez aumenta chances de bebê prematuro e defeitos congênitosEstresse sofrido por grávidas na pandemia afeta cérebro de bebês

Conforme apontam os pesquisadores, as descobertas sugerem que essas mudanças neurológicas podem promover a ligação entre mãe e bebê e podem desempenhar um papel na mudança de identidade que muitas mulheres sentem quando se tornam novas mães. Essas mudanças “podem conferir vantagens adaptativas para o comportamento gestacional e materno". Os pesquisadores descobriram que as mulheres que engravidavam perdiam massa cinzenta após o parto. No entanto, essas perdas de massa cinzenta não são necessariamente prejudiciais, e na verdade podem representar um “ajuste fino” do cérebro que pode ser benéfico para cuidar de um novo bebê. O estudo também descobriu que as mulheres que engravidaram mostraram mudanças em um grupo de regiões do cérebro envolvidas na autorreflexão e na memória autobiográfica, bem como em processos sociais como a empatia. As participantes do estudo que passaram por maiores mudanças nessa rede relataram sentir um vínculo maior com seu bebê, e mais prazer em interagir com ele, em comparação com as outras. Relataram, ainda, menos ressentimento ou raiva em relação ao filho. Sendo assim, as mudanças cerebrais foram ligadas a medidas de apego à criança. Os pesquisadores especularam que as alterações no cérebro durante a gravidez contribuem para a transformação na identidade e no foco que geralmente acompanham a nova maternidade. Fonte: Nature Communications via Live Science