Para quem não faz ideia do que estamos falando, o Harmony Link é um dispositivo lançado em 2011 que faz um iPhone ou um smartphone com Android funcionar como controle remoto universal para TV e home theater. Quando você envia um comando pelo aplicativo, ele é processado nos servidores da Logitech, transferido via Wi-Fi para o Harmony Link e disparado via infravermelho. São esses servidores que irão deixar de funcionar. Sem eles, o Harmony Link só vai servir como um belo peso de papel. A Logitech explica que a decisão tem como motivo um certificado de segurança que expirará em março de 2018 e não será renovado porque a companhia, agora, está concentrada no Harmony Hub. Como o Harmony Link é um produto relativamente antigo, a Logitech provavelmente imaginou que os usuários simplesmente iriam migrar para o Harmony Hub, que tem a mesma função, mas também pode controlar outros dispositivos, como aparelhos de ar condicionado e fechaduras inteligentes. Para os usuários que adquiriram o Harmony Link nos últimos 12 meses, a Logitech prometeu a entrega de um Harmony Hub gratuitamente; para os compradores mais antigos, a companhia ofereceu 35% de desconto na aquisição do modelo sucessor. Mesmo assim, o barulho foi grande. O assunto levantou até discussões sobre os riscos de se confiar em dispositivos que dependem exclusivamente de serviços online para funcionar. Reconhecendo o que ela própria classifica como erro, a Logitech decidiu agora ser mais generosa: todos os usuários do Harmony Link receberão um Harmony Hub gratuitamente, mesmo aqueles que compraram o dispositivo há mais de um ano. Os compradores que usaram o cupom de 35% de desconto irão receber o Harmony Hub normalmente, mas serão reembolsados. A empresa promete entrar em contato com os usuários até março de 2018 para dar mais detalhes. Quem preferir pode esclarecer dúvidas a partir desta página. Decisão mais racional do que essa só se a Logitech resolvesse não desligar mais os servidores. No fórum de suporte, usuários chegaram a falar em entrar com um processo coletivo contra a empresa, tanto que, posteriormente, palavras relacionadas a ações judiciais foram bloqueadas por lá. Com informações: Wired, Bleeping Computer