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O político afirmou que um de seus “maiores sonhos” é ver outro astronauta brasileiro. Ao falar sobre seu “legado” à frente do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Pontes destacou sua tentativa de revitalizar o programa espacial brasileiro. O ministro citou a reabertura da base de Alcântara, no Maranhão, assim como o lançamento e produção do satélite Amazônia-1, usado para monitorar o desmatamento e realizar operações de rotina. A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), vinculada ao MCTI, marcou para o início de 2022 o lançamento de um satélite 100% produzido pela indústria nacional.
Gestão de Pontes foi marcada por cortes e apagão
Entretanto, a gestão do ministro foi marcada por problemas. Um corte de R$ 600 milhões foi alvo de críticas de pesquisadores e docentes universitários. O dinheiro foi repassado a pedido do Ministério da Economia. Também sob a gestão Pontes, universidades federais sofreram cortes de verbas, e o CNPq sofreu um apagão que durou mais de 10 dias. Em audiência à Câmara dos Deputados em outubro, Pontes afirmou que o corte foi uma surpresa. No twitter, ele chamou a medida do governo de “falta de consideração”. No dia em que os repasses ocorreram, o ministro revelou que quis deixar o governo Bolsonaro, mas foi convencido pelo presidente a ficar. O astronauta então prometeu reaver o dinheiro para o MCTI.
Pontes: astronauta, palestrante motivacional, político
Marcos Pontes é considerado o primeiro astronauta brasileiro. Ele ingressou no governo a convite de Bolsonaro, feito outubro de 2018. Críticos à nomeação viam Pontes como um nome considerado “pop” e que não tinha experiência prévia em administração pública. Tenente-coronel pela Força Aérea Brasileira (FAB) e formado no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), Pontes foi ao espaço em uma missão à Estação Espacial Internacional (ISS). Em março de 2006, ele viajou a bordo da nave russa Soyuz TMA-8. Desde sua ida ao espaço, o atual ministro teve atuações diversas: de garoto propaganda de uma marca de travesseiros NASA — que nada tem a ver com a famosa agência espacial — a palestrante motivacional. Caso confirme sua saída do governo, Marcos Pontes seria candidato pela terceira vez. Em 2014, ele tentou se eleger para deputado federal por São Paulo. O astronauta não teve sucesso, obtendo votos apenas para ser suplente. Já em 2018, Pontes foi eleito como segundo suplente na vaga do senador Major Olímpio, pelo extinto PSL. Entretanto, ele não chegou a ocupar a função devido à sua nomeação para ministro. Em 2018, Emerson Alecrim, autor no Tecnoblog, fez um perfil bastante completo sobre o primeiro astronauta brasileiro e suas polêmicas ao longo da carreira. Com informações: Uol Tilt