Nenhum cancelamento ou adiamento foi confirmado até agora, mas os sinais de que a Lenovo está enfrentando uma crise com a Motorola são muito fortes. Uma das pistas vem do relato que um usuário que se identifica como Ex-Motorolan publicou no TheLayoff.com (site que trata de demissões em grandes empresas): ele afirma que o seu cargo na Motorola Mobility — seu emprego dos sonhos após terminar a faculdade — foi cortado. Esse usuário não deu nenhuma prova de seu vínculo com a Motorola, tampouco da consequente demissão, mas sabe-se desde o final de 2017 que a Lenovo planeja uma reestruturação na sua divisão de dispositivos móveis. Uma fonte próxima à companhia declarou ao 9to5Google que algo entre um terço e metade da equipe de engenharia da Motorola em Chicago foi dispensada. De acordo com o Android Police, pelo menos 190 pessoas teriam sido demitidas. A Motorola não negou a diminuição de suas operações em Chicago, mas informou que o número de cortes não afeta metade da equipe de engenharia, embora a quantidade de demitidos não tenha sido informada. A companhia também explicou que a linha Moto Z continuará — os rumores deram a entender que a linha seria seriamente impactada pelos cortes. Parece que o sucessor do Moto X4 não vai ter a mesma sorte. Os detalhes vazados no início do ano junto com os supostos Moto G6 Play e Moto Z3 Play sugerem que os planos para o Moto X5 incluíam uma tela full HD de 5,9 polegadas com notch. Porém, de acordo com outra fonte, a reestruturação promovida pela Lenovo fará a companhia priorizar as linhas Moto E, G e Z, incluindo os snaps mais populares desta última — módulos “extravagantes” devem ficar de fora. Tudo indica, portanto, que o projeto do Moto X5 vai ficar na gaveta. Talvez o modelo seja retomado em algum momento, mas, por ora, o aparelho segue com prazo de lançamento indefinido. Será? A Lenovo ainda não se pronunciou sobre o Moto X5 e outros possíveis abandonos, como a linha Moto C. Mas é fato que a companhia precisa fazer ajustes na Motorola. As vendas de smartphones da marca não param de cair e não há nada no curto prazo indicando um cenário mais favorável.
