No período (PDF), o Facebook registrou quase 1,45 bilhão de usuários ativos diários, total que corresponde a 48 milhões de contas adicionais na comparação com o último trimestre de 2017. A base total, que considera as contas que acessam a rede social pelo menos uma vez ao mês, foi de quase 2,2 bilhões de usuários, alta de 13% na comparação anual. Também houve aumento na arrecadação: o Facebook terminou o trimestre com receita de US$ 11,97 bilhões. O lucro foi de US$ 4,99 bilhões contra US$ 4,27 bilhões do trimestre anterior, quando a rede social ainda não estava sob a mira das autoridades por conta do escândalo Cambridge Analytica.
Na primeira olhada, todos esses números indicam duas coisas. A primeira é que as recentes polêmicas sobre privacidade causaram preocupação e indignação, tendo inclusive apoio de Brian Acton (cofundador do WhatsApp) e Elon Musk, mas não o suficiente para fazer a rede social sofrer uma debandada de grandes proporções. A segunda coisa é o fato de o Facebook continuar sendo uma máquina de fazer dinheiro, principalmente em dispositivos móveis: 91% da receita da companhia com publicidade no trimestre vieram da exibição de anúncios em smartphones e tablets. Isso não quer dizer que o Facebook está imune a todo e qualquer tipo de problema. É necessário levar em consideração que o caso Cambridge Analytica veio à tona quase no final de março, portanto, é possível que as consequências sejam percebidas apenas nos números do atual trimestre. Nada disso deve causar grandes estragos, no entanto. Os próximos resultados financeiros serão divulgados só no segundo semestre, momento em que provavelmente a poeira estará bem mais baixa. Por conta disso, os investidores poderão até experimentar uma oscilação nos números, mas não entrarão em pânico. Com informações: TechCrunch.