Como ver a porcentagem de bateria no iPhoneComo ler QR Code no iPhone sem baixar aplicativos extras
iPhone 12 Mini: um lançamento com problemas
A morte do iPhone Mini não foi uma surpresa para o público que acompanhava os dados de vendas de smartphones. Boatos sobre o fim do dispositivo com tela de 5,4 polegadas já existiam desde fevereiro de 2021, quando mesmo após a Apple alcançar um recorde de faturamento com iPhones no último trimestre de 2020, o modelo Mini aparecia com uma pequena participação no faturamento da empresa. Na época de seu lançamento, o iPhone Mini se mostrava como uma opção interessante para quem desejava comprar um iPhone de última geração com o mesmo processador das versões Pro e Pro Max, mas um pouco mais econômico. Como ônus estava, principalmente, a menor duração da bateria. A baixa adesão, no entanto, se manteve ao longo dos meses, de maneira que ainda em março de 2021 houve um corte de 70% na produção dos modelos devido à venda de poucas unidades. Na época, segundo as fontes ouvidas pelo site Nikkei Asia, a procura havia sido tão menor do que o esperado pela Apple, que alguns lotes de componentes fabricados para o iPhone Mini haviam sido remanejados para a produção do iPhone 12 Pro e iPhone 12 Pro Max.
A chegada do iPhone 13 Mini
O cenário, que poderia ter um rumo diferente com o lançamento do iPhone 13, acabou se repetindo. Mesmo com o sucesso da nova geração de celulares lançada em março de 2021, a empresa comandada por Tim Cook continuou a ter resultados abaixo do esperado com o iPhone Mini. Em abril, no ranking de celulares mais vendidos do mundo, o modelo pequeno da empresa não apareceu nem no top 10 da lista. Um dado nada satisfatório, especialmente porque o iPhone 13 ficou em primeiro colocado e os modelos iPhone 13 Pro Max, iPhone 13 Pro e iPhone 12 apareceram, respectivamente, em segundo, terceiro e quarto lugar. O aborrecimento com as vendas persistiu até 2022, quando, segundo o MacRumors, a versão Mini representava apenas 3% de todos os iPhone 13 vendidos no primeiro trimestre do ano. Dados que reforçavam a impopularidade do aparelho e tornavam os boatos do encerramento de sua produção cada vez mais frequentes.
Saudades do que a gente não viveu
Apesar de os números dizerem o oposto, ainda assim, a ausência de um iPhone 14 Mini será sentida. Na equipe do Tecnoblog, por exemplo, há quem veja vantagens no modelo, seja pelo tamanho, design ou praticidade. A tela de 5,4 polegadas e a leveza do dispositivo são apontados como um dos principais diferenciais. “Cabe fácil no bolso, não fica uma ponta para fora para o ladrão ver. Para correr é ótimo também, mais leve”, conta Paulo Higa, editor-executivo do site. Além disso, o tamanho do aparelho é pontuado como uma praticidade para quem anda de ônibus ou metrô diariamente. “É leve e muito fácil de ser transportado. Dá para usar com uma mão só no transporte público”, explica Emerson Alecrim, repórter do Tecnoblog. Eu mesma, que há um ano uso diariamente um iPhone 12 Mini e tenho mão pequena, passei a reparar quão desconfortável é manusear modelos maiores quando não estou com as duas mãos livres. Além disso, ele ocupa menos espaço na bolsa e cabe em divisórias em que a maioria dos smartphones não entram. A tela menor, que costuma ser motivo de desconfiança para quem nunca usou um iPhone pequeno, por aqui no Tecnoblog também nunca foi um problema. “Dá para consumir conteúdo numa boa. A leitura exige mais rolagem de tela, mas não vejo problema nisso. Sobre vídeos, é estranho no começo, mas logo você se acostuma”, explica Alecrim.
Então, o que deu errado?
Há, porém, um ponto negativo levantado por parte dos colegas com quem falei e que por vezes também me incomoda: a bateria do iPhone Mini. O repórter Bruno Gall De Blasi já usou o modelo em testes e gosta bastante da sua praticidade, mas acabou optando pela versão padrão do iPhone 13 devido a essa questão. Exatamente por esse motivo, muitos apontam o valor do iPhone Mini como um fator que afasta os consumidores. Para eles, diante da menor durabilidade da bateria, a variação de preço em relação aos outros aparelhos da empresa deveria ser maior. “Creio que a diferença deveria ser de pelo menos R$ 2.000”, diz Alecrim. E De Blasi reforça: Além disso, ainda que para Higa, Alecrim e De Blasi a tela menor seja um ponto positivo, a característica está longe de ser um consenso. Em um mercado que há anos tem priorizado telas grandes e acostumando o público a smartphones robustos, o modelo menor nem sempre era encarado com bons olhos.