Foi “o maior crescimento trimestral da nossa história”, diz a Netflix. Ela tem mais de 110 milhões de assinantes pagantes — isto é, fora do período gratuito de trinta dias — em todo o mundo. Com as boas notícias, seu valor de mercado ultrapassou US$ 100 bilhões pela primeira vez.
O maior desafio da Netflix é investir agressivamente em bom conteúdo original para trazer novos assinantes. Por exemplo, o filme Bright — estrelando Will Smith — é um de seus títulos mais assistidos de todos os tempos, e teve um impacto “notável” na aquisição de clientes. Bright não foi um sucesso entre os críticos, mas o CEO Reed Hastings diz que a mídia americana está “desconectada do apelo de massa” que o filme tem no restante do mundo. A Netflix reiterou sua promessa de gastar US$ 8 bilhões para ter 50% de conteúdo original em 2018, incluindo produzir vinte novos filmes. Como dissemos, a concorrência está ficando acirrada. A Disney vai lançar um serviço de streaming próprio nos EUA em 2019, quando acaba o contrato com a Netflix. Ela é dona da Marvel Studios, da Lucasfilm, da Pixar e também da Fox; além disso, sua participação no Hulu é de 60%. Hastings parece não estar preocupado. Perguntado sobre o futuro serviço de streaming da Disney, ele disse: “eu serei um assinante”.
A Netflix fez um ajuste contábil de US$ 39 milhões “relacionado a conteúdo inédito que decidimos não lançar”. Segundo o Deadline, isso envolve os ajustes na temporada final de House of Cards e o cancelamento do filme Gore. Ambos os projetos envolviam o ator Kevin Spacey, acusado de abuso sexual. No quarto trimestre, a Netflix teve receita de US$ 3,3 bilhões e lucro líquido de US$ 186 milhões. Com informações: Engadget, TechCrunch.