Veja os resultados financeiros do segundo trimestre de TIM e Vivo“Ultra banda larga” cresce 75% em um ano e conexões lentas diminuem, diz Anatel
O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de rotina caiu 22,1% no ano com a marca de R$ 1,2 bilhão no trimestre. A dívida líquida cresceu em 25,5%, fechando o trimestre em R$ 12,5 bilhões. Já o Capex, que representa o valor em investimentos, cresceu em 50,7%, atingindo R$ 2,06 bilhões no período. A operadora concentra a maior parte do investimento na sua rede de fibra óptica, para levar banda larga, TV por assinatura e telefone fixo via FTTH.
Pós-pago cresce, mas receita do segmento móvel cai
Todas as operadoras estão fazendo esforços para converter a base pré-paga em controle e pós-pago, e com a Oi não é diferente: o número de clientes do pós-pago cresceu 21,3% em relação ao ano anterior, enquanto o pré-pago caiu em 11,1%. No entanto, mesmo os números positivos para o pós-pago não tiraram a empresa do vermelho. A receita líquida caiu em 3,4%, atingindo R$ 1,73 bilhão. A migração do pré para o pós-pago tem sido impulsionada principalmente pela migração do uso de voz para dados. A base pós da Oi cresceu em 1,5 milhão de clientes em um ano. A operadora tem sido bem agressiva com seus planos: o mais caro custa R$ 99, inclui 50 GB de internet e não desconta dados de redes sociais e serviços de streaming de vídeo. A operadora fechou o trimestre oferecendo cobertura 4G em 907 municípios, cobrindo 74% da população urbana brasileira. O 4,5G alcançou 34 municípios. Comparando com a concorrência, a Oi tem a menor cobertura: dados do Teleco indicam que TIM e Vivo cobrem mais de 3 mil cidades com 4G, enquanto a Claro possui presença com a tecnologia em mais de 2,6 mil municípios. O ARPU de serviços móveis apresentou ligeiro crescimento de 0,2%, atingindo a marca de R$ 16,09.
Serviços residenciais possuem maior receita
Da receita líquida total consolidada, cerca de R$ 1,8 bilhão são referentes a serviços residenciais. No período, a receita residencial caiu 1,2%, e o número de clientes (unidades geradoras de receitas) apresentou recuo de 9,1%. No total, são 7,77 milhões de linhas fixas em serviço, retração de 9,1% em relação ao ano anterior. O resultado é de se esperar, uma vez que os próprios hábitos do consumidor mudaram e a telefonia fixa é cada vez menos necessária, sendo substituída pela telefonia celular e serviços de dados. A banda larga fixa também caiu: são 4,67 milhões de acessos, retração de 7,6%. No entanto a operadora informa que a contratação de banda larga pelos clientes fixos alcançou 60,1%. A TV paga também apresentou discreto recuo de 1,6%, com 1,56 milhões de acessos. Para conter as quedas, a Oi aposta em duas estratégias. A primeira delas consiste no foco em ofertas convergentes, como combos com telefone fixo, banda larga, TV e celular. Essas ofertas trazem maior rentabilização e fidelização na base de clientes. A segunda é o investimento massivo na expansão da rede de fibra óptica, que entrega serviços com maiores velocidades, estabilidade e capacidade para competir com operadoras regionais em pequenas cidades. O ARPU (gasto médio por usuário) de serviços residenciais foi de R$ 78,90 no período, queda de 0,6% na comparação anual.
Oi expande investimentos em fibra óptica
A empresa admite que a maior parte da base de banda larga é formada por acessos via cobre, com tecnologia xDSL. Os players regionais e outras grandes operadoras já trabalham com tecnologias que entregam maior velocidade, deixando o serviço da Oi distante da competição. A cobertura de fibra óptica da Oi chegou a 2,9 milhões de casas em cobertura (home passed) e tem a expectativa de terminar 2019 com 4,6 milhões e 2021 com 16 milhões, conforme divulgado no plano estratégico. A operadora atende 59 municípios com FTTH e 291 mil clientes do serviço Oi Fibra. No total, a taxa de ocupação é de cerca de 10%, sendo 290 mil casas conectadas com o serviço. Com informações: Oi.