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Há um ano e meio que o PCI Express 4.0 foi finalizado. Naquela época, A PCI-SIG já sinalizava que a versão 5.0 não iria demorar a aparecer. Uma das explicações para isso é a de que o PCI Express 4.0 atrasou. Observe os anos de lançamento das versões:
PCIe 1.0: 2003PCIe 2.0: 2007PCIe 3.0: 2010PCIe 4.0: 2017
Levando em conta unicamente esse padrão de intervalo, a disponibilização da versão 4.0 deveria ser acontecido em 2014, no mais tardar. Mas, de acordo com a PCI-SIG, dificuldades técnicas para aumentar a largura de banda — o dobro em relação ao PCIe 3.0 — e garantir compatibilidade com as versões anteriores fizeram a especificação atrasar. O PCIe 5.0 tem como base o PCI Express 4.0. Isso significa que, tecnicamente, ambas as versões são muito parecidas, razão pela qual não houve dificuldades para implementar a nova especificação. Dá até para dizer que a versão 5.0 é uma extensão do PCI Express 4.0. E o que ela traz de novo? Começa pela já mencionada largura de banda: são até 128 GB/s no PCI 5.0 x16 (ou seja, com 16 lanes ou pistas de transmissão) em modo full duplex (recebimento e envio simultâneo de dados). Perceba que a lógica de dobrar a largura de banda teórica na comparação com a especificação anterior foi mantida (sempre considerando x16 e full duplex):
PCIe 1.0: 8 GB/sPCIe 2.0: 16 GB/sPCIe 3.0: 32 GB/sPCIe 4.0: 64 GB/sPCie 5.0: 128 GB/s
A nova versão também pode trabalhar com até 32 GT/s (gigatransfers por segundo; 1 GT corresponde a um bilhão de transferências de dados por segundo). Outras características incluem mudanças elétricas para melhorar a integridade do sinal e o desempenho mecânico dos conectores. Como não poderia deixar de ser, o PCI Express 5.0 conta ainda com retrocompatibilidade com todas as versões anteriores do padrão. Obviamente, um dispositivo PCI 5.0 conectado a um computador com versão anterior trabalhará com a velocidade máxima desta. Mas o anúncio oficial do PCI Express 5.0 não quer dizer que, a partir de agora, dispositivos PCIe 4.0 devem ser considerados obsoletos. Pelo contrário. Na verdade, só agora é que essa especificação está chegando de maneira consistente ao mercado. Para você ter ideia, a Gigabyte apresentou nesta semana o Aorus NVMe Gen4, SSD M.2 de 2 TB de capacidade que tem o PCI Express 4.0 como interface. Graças a isso, ele consegue oferecer até 5.000 MB/s na leitura sequencial de dados e até 4.400 MB/s na gravação. Agora, compare essas taxas com as do Samsung 970 Pro, até então, um dos SSDs NVMe mais rápidos do mercado (mas baseado no PCI Express 3.0): leitura sequencial de até 3.500 MB/s e escrita máxima de 2.700 MB/s. Dispositivos PCI Express 5.0 vão aparecer, sim, até porque a demanda por placas gráficas poderosas e SSDs cada vez mais rápidos só tende a aumentar. Mas é prudente não esperar nada para antes de 2020 ou mesmo 2021. E olha lá. O mercado depende sobretudo das decisões da Intel e AMD quanto ao suporte à tecnologia para começar a adotá-la.