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A notícia começou a circular em 20 de setembro, quando o jornal local Kommersant reportou a preparação de novas políticas na adoção de softwares do Ministério de Desenvolvimento Digital da Rússia. Nas novas regras, o governo exige que empresas interessadas em benefícios fiscais precisam começar a usar Linux. Os benefícios dessa migração são claros: com Linux, a Rússia protege a própria indúsitra de boicotes e sanções comerciais estrangeiras (Linux é um sistema de código aberto, com inúmeras distribuições gratuitas e frequentemente atualizadas) e se livra das influências norte-americanas nos PCs presentes no país. Além disso, distros do Pinguim tendem a performar melhor em computadores mais antigos.
Migração complexa
Trocar de Windows para Linux num ambiente doméstico é fácil, mas fazer essa migração em escala nacional é um processo extremamente complexo e delicado. Ao incentivar a substituição do sistema na indústria local, o governo russo introduzirá um enorme desafio para desenvolvedores: conhecer e se adaptar ao SO. Em programas mais simples, a transição pode acontecer em questão de meses, contudo softwares de proteção de dados e gerenciamento de informações precisariam de mais tempo. Nesses casos em que garantir integridade é a maior prioridade, a adaptação pode exigir uma reconstrução cuidadosa de software, num processo que pode durar até dois anos, segundo fontes entrevistadas pelo jornal Kommersant.
Mudança requer tempo
A transição também exigirá tempo (consequentemente, investimento) das empresas interessadas em negociar com o governo russo. Em entrevista para o Kommersant, o executivo Dmitry Komissarov que trabalha numa alternativa para o Office 365 afirmou que a adaptação para o novo sistema exigiria tanto esforço quanto a construção da suíte original da Microsoft. Além disso, a mudança exigiria que softwares considerados essenciais para a economia do país fossem refeitos do zero, incluindo sistemas bancários. Sendo assim, o processo não só interferiria na rotina de desenvolvedores, mas em toda a dinâmica econômica local. Fonte: Freethink