Casos de covid devem aumentar no Brasil nas próximas semanasCovid-19 causa a mesma inflamação no cérebro que Parkinson e Alzheimer

O aumento nos resultados positivos dos testes da covid-19 foi identificado pelo levantamento do Instituto Todos pela Saúde (ITpS). O projeto reúne exames feitos pelos laboratórios Dasa, DB Molecular e HLAGyn e, desde março de 2021, já contabilizou 595 mil testes da rede privada de saúde. Em paralelo, a taxa de transmissão da covid-19 (Rt) também cresceu nas últimas duas semanas e, pela primeira vez desde a última onda, volta a se aproximar de 1. No momento, é estimada em 0,91.

Estados com alta de casos da covid no Brasil

Entre os dias 22 e 29 de outubro, o levantamento identificou três estados com a maior alta de casos da covid:

Mato Grosso: porcentual de resultados positivos passou de 3% para 18% (seis vezes maior); São Paulo: de 10% para 19% (quase duas vezes); Rio de Janeiro: de 15% para 26%.

Segundo o levantamento, nos demais estados acompanhados, a busca por testes ainda é baixa. Isso impede uma análise detalhada e precisa do cenário epidemiológico da covid.

Quais variantes são mais identificadas?

Além de acompanhar a alta de casos da covid, o estudo observa quais variantes estão mais presentes nas amostras analisas. Segundo o ITpS, as cepas BA.4 e BA.5 da Ômicron foram identificadas em 93,5% das amostras positivas da última semana. Ambas as sublinhagens da Ômicron dominam o cenário epidemiológico brasileiro desde o início de junho. Naquele momento, substituíram a BA.2, que foi a última e principal variante a circular pelo país neste ano.

Vale voltar a usar máscaras em locais fechados?

Diante do atual cenário e da perspectiva de aumento de casos para as próximas semanas, usar máscaras em ambientes fechados volta a ser uma boa estratégia de proteção individual, especialmente para indivíduos que estão em grupo de riscos. Tomar a quarta dose da vacina pode trazer benefícios. “É importante observar que o aumento de casos não levará necessariamente a um crescimento de hospitalizações, uma vez que boa parte da população está vacinada. Não é esperado que tenhamos o impacto das ondas anteriores. Mas recomendamos o uso de máscaras em locais com aglomeração”, orienta o pesquisador científico Marcelo Bragatte, do ITpS, em comunicado. Fonte: ITpS