5 motivos para NÃO comprar o Renault Kwid E-Tech5 motivos para COMPRAR o Renault Kwid E-Tech
Com o Renault Kwid E-Tech, esse “cuidado” teve que ser ainda mais evidente. O bólido é praticamente o mesmo em comparação com a versão convencional, porém tem um motor elétrico. E como diria o Tio Ben em Homem-Aranha: — “Grandes poderes trazem grandes responsabilidades”. Ao ser elétrico, o Kwid eleva ao máximo sua intenção de ser um carro urbano e pensado para a eficiência mobilidade urbana verde, mas, ao mesmo tempo, levando em conta sua praça, no caso, o Brasil, seu preço exige outros tipos de cuidados e, talvez, um pouco mais de paciência por parte de entusiastas e analistas.
Conectividade e Segurança
O Renault Kwid é um carro pensado para ser barato, seja aqui no Brasil, na Índia, na Europa ou na China, local de onde vêm as unidades importadas para o nosso mercado. Sendo assim, não espere muitos apetrechos tecnológicos além do que hoje podemos considerar trivial para um canaltecher. O Kwid E-Tech veio para cá em sua versão mais equipada. De série, ele conta com central multimídia de 7 polegadas, que tem espelhamento do Android Auto e Apple CarPlay com fio, rádio FM e câmera de ré, tudo do mesmo nível do Kwid nacional. Entretanto, algumas coisas incomodam. A empresa, na tentativa de reduzir custos, retirou, por exemplo, os comandos de mídia. Isso, além de tirar praticidade, eleva os riscos no trânsito. Por regra, somos responsáveis e só mexemos nas músicas pelo Spotify com o veículo parado, mas em pleno 2022 um carro não ter comandos no volante é inadmissível. Se isso tira a segurança, a Renault compensou trazendo o bólido com seis airbags, algo que carros até superiores não possuem, como o Fiat Argo, por exemplo. Há, também, controles de estabilidade e tração, freios ABS e sistema ISOFIX para cadeirinhas infantis.
Experiência de uso e Conforto
Por ser idêntico à versão a combustão, vamos focar mais na experiência de uso com o Renault Kwid E-Tech do que propriamente em seu conforto e comodidade, já que as diferenças se restringem apenas no universo do motor elétrico e nos benefícios (e dificuldades) que ele traz. Para começar, devemos dizer que o desempenho do propulsor de 65cv e 11,5 kgf/m de torque foi surpreendentemente bom. O Kwid E-Tech pesa apenas 977kgs e isso ajudou o motor elétrico a trabalhar melhor. Além do fato, é claro, de que ser elétrico lhe traz a força imediatamente após pisarmos no acelerador. Na prática, isso significa um carro muito esperto para o uso na cidade e que te proporciona até momentos de diversão, mais até do que a versão a combustão. O segredo é justamente o comportamento do motor elétrico, que torna tudo bem mais eficiente. No mais, é tudo exatamente como o Kwid convencional. Um carro pequeno, fácil de manobrar, estacionar e trafegar pelas ruas da cidade. Mas, com suas peculiaridades e vantagens. É bom lembrar que, na versão elétrica, há o câmbio automático, mas a velocidade máxima é de 130 km/h. A autonomia, segundo a Renault, é de 298km para o uso urbano e 265km no ciclo WLTP, que considera trajetos expressos e rodovias. Em nosso uso, pela média, conseguiríamos chegar muito próximos dos 280km, caso exauríssemos a bateria de 26,8 kWh por completo. Algo que ajuda na manutenção de carga é o sistema de regeneração de energia, acionado pelos freios ou pelo modo Eco quando deixamos o carro em modo de cruzeiro. Por ser um veículo de entrada, todo o funcionamento pareceu bem adequado, semelhante ao do Zoe E-Tech, irmão maior do Kwid. Sobre o conforto, espaço interno e comodidades, o Kwid E-Tech se assemelha à versão Outsider do Kwid a combustão. A suspensão foi bem trabalhada para aguentar as ruas do Brasil, mas o espaço interno proporcionado pelo entre-eixos de 2,42m, largura de 1,57m e comprimento de 3,73m é bem ruim, tal qual o convencional. Já em termos de equipamentos, ele conta com ar-condicionado, auxiliar de partida em rampa e declives, ajustes elétricos dos retrovisores, luzes diurnas de LED, vidros e travas elétricas e piloto automático.
Design e Acabamento
O design do Renault Kwid E-Tech agrada, passando aquela sensação de robustez que lembra um pouco a de um SUV. Mas consideramos que a montadora poderia ter dado um ar mais exclusivo ao carrinho, mesmo sendo um produto de entrada e baixo custo. O acabamento, como era de se esperar, é bem simples e não surpreende, a não ser pela boa qualidade dos bancos, feitos com material macio sintético. Para os braços, o apoio é diretamente no plástico.
Concorrentes
Os concorrentes diretos do Renault Kwid E-Tech no mercado brasileiro são o JAC E-JS1 e o Caoa Chery iCar, que custam entre R$ 145 mil e R$ 160 mil.
Renault Kwid E-Tech: Vale a pena?
Pensando apenas no produto e em sua proposta, o Renault Kwid E-Tech beira a perfeição. É um carro elétrico com boa autonomia e que é suficiente para o uso na cidade, com desempenho seguro e bom para deslocamentos curtos. Se você tiver a prática de recarregá-lo em casa, o sucesso é garantido e vale a pena.
No entanto, por R$ 147 mil, tudo o que falamos precisa ser repensado. A pessoa que quer entrar no mundo dos carros elétricos pode querer investir um pouco mais e partir diretamente para um Renault Zoe ou até mesmo modelos mais caros. Esse mercado ainda é muito nichado e cheio de “early adopters”. É duro convencer alguém que um Kwid de R$ 150 mil é um bom negócio. O Renault Kwid E-Tech está à venda em todo o Brasil por R$ 146.990. No Canaltech o Renault Kwid E-Tech foi avaliado graças a uma unidade gentilmente cedida pela Renault do Brasil.