Oferecido pela Yellow, o novo sistema utiliza o modelo “dockless”, que não conta com essas estações. Com isso, qualquer pessoa pode pegar uma bicicleta da empresa na rua e depois devolvê-la em outro ponto da cidade. Nesse formato, as bikes ficam bloqueadas no intervalo das viagens e podem ser liberadas por meio de um aplicativo.
Para não sofrer com furtos, a Yellow aposta em três fatores. O primeiro é o baixo valor agregado das bicicletas, que contam com pouquíssimos componentes. Elas não terão marchas e os pneus não podem ser usados em outros veículos. Além disso, cada bike será monitorada por GPS. Por fim, a empresa também acredita que o alto número de bicicletas circulando nas ruas diminuirá o interesse pelos crimes. O serviço deverá ser liberado em São Paulo com 20 mil bicicletas. A Yellow acredita que esse número poderá chegar a 100 mil. O objetivo é que as bicicletas ajudem a complementar o transporte público com viagens curtas, como o caminho de casa até o ponto de ônibus ou a estação de metrô. As bikes terão características para resistir ao uso constante, como quadros de aço, que são mais resistentes, e pneus maciços, que não furam. A Yellow foi criada por Ariel Lambrecht, fundador da 99, e Eduardo Musa, ex-CEO da Caloi. À Folha, Musa disse que a distribuição inicial das bicicletas será feita com carros. A ideia é que o sistema seja balanceado automaticamente conforme usuários se deslocarem pela cidade. O preço do serviço ainda não foi definido, mas, de acordo com Musa, deverá ser mais vantajoso que os R$ 4 da tarifa do transporte público em São Paulo. Assim como o Uber, o sistema terá um preço dinâmico, que varia de acordo com a demanda. O pagamento poderá ser realizado com cartão bancário, Bilhete Único e até mesmo pela fatura do celular.