Raríssimas auroras cor de rosa dão espetáculo no céu da NoruegaEvento de Carrington: relembre uma das piores tempestades solares da história
No dia 5 de setembro, a Solar Orbiter se aproximava do Sol para o sobrevoo que ocorreu em 12 de outubro, quando detectou um “tubo” de gases atmosféricos mais frios. Os gases, no estado de plasma, foram conduzidos por filamentos do campo magnético do Sol e percorreram um longo caminho. O plasma é composto principalmente por partículas eletricamente carregadas, que são muito suscetíveis aos campos magnéticos. Por isso, os filamentos de campo do Sol costumam “aprisionar” concentrações de plasma ou conduzi-las pelo trajeto que as próprias linhas magnéticas percorrem. Nossa estrela possui várias linhas de campo magnético, muitas delas caóticas e distorcidas. Esse era o caso daquela que criou a cobra de plasma observada pela Solar Orbiter; o campo magnético era tão distorcido que o plasma teve que viajar por um caminho tortuoso.
As imagens foram uma ótima oportunidade para estudar melhor os eventos que ocorrem no Sol, principalmente aqueles que precedem uma erupção solar. As erupções são as responsáveis por ejetar matéria em direção ao espaço, muitas vezes rumo ao nosso planeta, causando tempestades geomagnéticas. Geralmente, as tempestades são fracas o suficiente para deixar os cientistas tranquilos em relação aos potenciais riscos. Mas, às vezes, elas podem atrapalhar os satélites em órbita e, em casos extremos, até mesmo as redes elétricas na superfície da Terra. Observar e aprender sobre esses eventos é fundamental para mitigar esses perigos no futuro. O vídeo acima é um timelapse e durou muito mais tempo do que parece: cerca de três horas para a cobra completar sua jornada. Mas o trajeto percorrido a leva de um lado do Sol para o outro e o plasma viajou a 170 km/s, aproximadamente. Mais curioso é que a serpente de fogo surgiu no mesmo lugar onde a erupção solar aconteceu; por isso os astrônomos acham que essa pode ser uma boa pista sobre o que acontece em nossa estrela antes das explosões precursoras de tempestades solares. Fonte: ESA