Segundo a Reuters, TIM Participações e Claro querem comprar a Nextel. A Telefônica/Vivo também está entre os interessados. A NII Holdings, dona da operadora, espera receber propostas de aquisição em setembro.
Para que esse negócio possa acontecer, é necessário mudar uma regra da Anatel. Trata-se do “spectrum cap”, ou seja, o limite máximo de espectro que uma operadora pode deter. Basicamente, se a TIM ou a Vivo comprassem a Nextel, elas estourariam o limite máximo de espectro nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Pelas regras atuais, elas precisariam abrir mão de faixas de frequência, o que não seria muito vantajoso. A Anatel vem estudando aumentar o “spectrum cap” para cada operadora, o que viabilizaria a aquisição da Nextel. No entanto, como explica o TeleSíntese, esse processo deve demorar. A agência fez uma consulta pública sobre o assunto, que agora está sob análise na área técnica. A proposta deverá ser encaminhada à Advocacia Geral da União e, se aprovada, seguirá para votação no conselho diretor. Enquanto isso, a NII Holdings pretende arrecadar US$ 75 milhões em títulos conversíveis para se manter. “Como não há garantias de que a proposta regulatória saia, estamos buscando outras alternativas estratégicas”, disse Roberto Rittes, CEO da Nextel Brasil, ao divulgar os resultados financeiros da empresa. A Nextel teve prejuízo de US$ 98,8 milhões no segundo trimestre. Sua base de clientes é de 3,1 milhões de usuários. Ela vem aumentando aos poucos, porém ainda é menor que há um ano (3,4 milhões) — sua rede iDEN de rádio foi desligada nesse meio-tempo. Com informações: Reuters, TeleSíntese.