Em vez de apresentar somente um home broker tradicional, com acesso a todos os papéis da bolsa e as ferramentas para quem já está acostumado com renda variável, a Toro mostra recomendações de ações, o potencial de lucro e uma análise da empresa, informando quais fatores podem interferir positiva ou negativamente no preço da ação. Também há sugestões de opções, então é possível lucrar tanto na baixa quanto na alta.
As análises são realizadas por uma equipe de 13 pessoas e englobam as 180 ações mais negociadas na B3. Se o cliente quiser investir em uma companhia, a Toro mostra o potencial de lucro e de prejuízo da ação, sem usar os jargões comuns no meio, como stop loss e preço de disparo. Então, caso a recomendação seja seguida, o investidor paga 10% do lucro da operação; se houver prejuízo, não há cobrança de taxa. É um modelo diferente das outras corretoras, que cobram uma taxa de corretagem (fixa ou variável) sempre que uma operação de compra e venda é realizada. Além disso, a Toro não possui taxa de custódia, um valor mensal que as corretoras geralmente cobram dos clientes que detém ações. O produto “não é pensado para as mais de 600 mil pessoas que já investem na bolsa e têm conta em corretora”, mas para “dezenas de milhões de brasileiros que ainda não conseguem acessar os melhores investimentos”, segundo o sócio-fundador, Gabriel Kallas. Ainda assim, a fintech também oferece um produto tradicional, com corretagem fixa, para quem já está acostumado com o mercado.
E quem não quiser arriscar em renda variável? Nesse caso, a Toro oferece produtos de renda fixa, como CDBs e Tesouro Direto, com um diferencial curioso: há uma espécie de mercado secundário para negociar investimentos. No caso de CDBs em que o cliente só pode sacar o dinheiro após o vencimento, por exemplo, é possível vendê-lo para outra pessoa antes do prazo em um “marketplace”, obtendo o dinheiro de volta.
O objetivo da Toro é conseguir 500 mil clientes nos próximos 12 meses — ou seja, praticamente dobrar a quantidade de pessoas físicas que compram e vendem ações no país. A empresa diz que há potencial de mercado porque “apenas 0,3% dos brasileiros investem na bolsa”, sendo que a média dos países emergentes é de 5% e, nos Estados Unidos, o número chega a 60%. A fintech, que já oferece trabalha no ramo de educação financeira há oito anos, vai liberar gratuitamente os cursos de investimento, sem exigir cadastro. Só é necessário abrir uma conta na corretora para operar. Os cadastros serão abertos “nos próximos dias” para todos os interessados, no site da empresa.