Como fixar uma conversa no TwitterComo usar as Comunidades do Twitter
Nesta sexta-feira (15), o conselho administrativo do Twitter emitiu um comunicado anunciando a implementação de um plano temporário de direitos dos acionistas. Como dito acima, trata-se de uma clássica tática no mercado financeiro chamada “poison pill”. Ao que tudo indica, estamos vendo uma resposta às ações invasivas de Elon Musk dos últimos dias. Primeiro, ele se tornou o maior acionista individual da companhia. Depois, foi convidado para entrar para o conselho administrativo, mas acabou recusando para comprar mais ações. Mais recentemente, Musk fez uma oferta para adquirir a plataforma por US$ 43 bilhões. No entanto, a diretoria do Twitter ainda não demonstrou nenhuma intenção de deixar o bilionário assumir o controle da plataforma.
O que é a “poison pill” usada pelo Twitter contra Musk?
No mercado financeiro, “poison pill” se refere a uma estratégia defensiva comumente utilizada quando há tentativas de aquisições forçadas através da aquisição de ações. Em poucas palavras, uma empresa de capital aberto (como o Twitter) permite a determinados acionistas o direito de comprar mais ações com descontos, diminuindo assim a participação e desencorajando o interesse do agente hostil que tenta comprar a companhia. Na prática, a estratégia não impede Musk, mas dificulta seu plano de dominação da rede social. Em comunicado, o Twitter afirmou: Contudo, o “Plano de Direitos” não impede que o conselho administrativo da plataforma “se envolva com partes ou aceite uma proposta de aquisição”, caso os membros acreditarem que é a opção mais benéfica para a companhia e seus acionistas. Por fim, a decisão não foi unânime e é temporária, durando um ano a partir de hoje, até 14 de abril de 2023. Em nenhum momento o Twitter citou abertamente Elon Musk. Mesmo assim, as entrelinhas claramente apontam para o plano do CEO da Tesla: O CEO do Twitter, Parag Agrawal, havia dito anteriormente aos funcionários que a empresa ainda estava avaliando a oferta. Ontem, Musk afirmou que “seria totalmente indefensável não colocar essa oferta para votação entre os acionistas”. Além disso, o bilionário foi mais agressivo: caso sua proposta de aquisição seja recusada, ele “teria que reconsiderar sua posição como acionista”. Com informações: The Verge, CNBC