Vídeos que tenham “o objetivo de comercializar armas de fogo ou acessórios relacionados”, seja via venda direta ou através de links, serão removidos do YouTube.
Em especial, a plataforma quer se distanciar de acessórios “bump stock”, que permitem a uma arma semiautomática atirar em rápida sucessão como se fosse totalmente automática. Isso foi utilizado pelo atirador do massacre em Las Vegas de 2017. Além disso, o YouTube vai banir vídeos com “instruções sobre a fabricação de armas de fogo, munição, carregadores de alta capacidade, silenciadores/abafadores caseiros ou determinados acessórios” como o bump stock. “Nós recentemente notificamos os criadores sobre atualizações que faremos quanto a conteúdo que promove a venda ou a fabricação de armas de fogo e seus acessórios… começaremos a aplicar essas novas diretrizes no próximo mês”, diz um porta-voz ao Tubefilter. No entanto, o YouTube já suspendeu o canal Spike’s Tactical, fabricante de armas da Flórida, por “violações repetidas ou graves das nossas diretrizes da comunidade”. A empresa disse à Bloomberg, no entanto, que a remoção foi equivocada — e o canal voltou ao ar. O canal InRange TV não foi afetado, mas para se prevenir, publica seu conteúdo simultaneamente no YouTube, Full30, Facebook, BitChute — e agora até no PornHub. “Não vamos obter monetização no PornHub… estamos apenas procurando um porto seguro para nosso conteúdo e nossos espectadores”, explica a equipe em comunicado. O YouTuber Jörg Sprave diz ao Motherboard que “eles impuseram essa nova regra sem falar com ninguém antes, e não há período de transição”. Para ser banido, um canal precisa receber três avisos dentro de três meses. Com a nova regra, alguns usuários “podem receber muitos avisos em pouco tempo para vídeos mais antigos e perderem seus canais”, diz Sprave. No mês passado, uma série de canais sobre armas de pressão (airsoft) foram banidos sem aviso prévio. O YouTube diz que a culpa era de moderadores humanos. A equipe que procura por violações de regras foi recentemente ampliada para 10 mil pessoas. Com informações: Motherboard, The Next Web.